Se está a pensar deixar de trabalhar, é importante ponderar todas as consequências.
Pense nas coisas de que está a desistir e se quer realmente abdicar delas:
- Consegue viver com menos dinheiro?
- Quer abdicar da independência e da vivência social que o trabalho lhe proporciona?
- Vai perder alguma competência importante se deixar de trabalhar?
- Qual é o impacto no seu direito à reforma se deixar de trabalhar agora?
Pense em formas de contornar estes problemas. É possível:
- Solicitar um horário flexível?
- Gozar uma licença paga ou não paga para pensar nas suas opções a longo prazo?
- Fazer uma pausa na carreira?
- Pedir um apoio adicional da segurança social?
- Contratar cuidados?
Falar com o empregador
Lembre-se que os empregadores valorizam membros da equipa que sejam qualificados, experientes e empenhados e estão interessados em mantê-los. O seu empregador pode ser capaz de o ajudar de maneiras que ainda não considerou. Discuta a sua situação diretamente com o empregador, com o departamento de Recursos Humanos ou com o representante da associação sindical ou de pessoal.
Solicite apoio para os cuidados
A Segurança Social e o departamento de ação social do seu município podem dar apoio aos idosos ou às pessoas incapacitadas e seus cuidadores. Peça uma avaliação do seu caso para averiguar o apoio que lhe pode ser dado.
Informe-se sobre a possibilidade de contratar assistência privada
Se não for possível obter a ajuda da segurança social, ou lhe forem atribuídos subsídios (em vez de serviços) é possível que consiga contratar serviços de assistência. Para obter este serviço pode contactar uma agência ou recrutar alguém diretamente.
Descubra os apoios a que tem direito
Para saber mais sobre os seus direitos, pode entrar em contacto com a equipa coordenadora da rede de cuidados continuados integrados do seu centro de saúde; com o gabinete de segurança social do seu município ou Junta de Freguesia; com a Segurança Social e pode ainda fazer uso de duas linhas telefónicas:
Linha do cidadão idoso
Telefone: 800 203 531
Horário: Dias úteis das 0h30 às 17h30.
Esta linha é um serviço da Provedoria da Justiça que enquanto Instituição Nacional de Direitos Humanos, dispõe de competências em matéria de divulgação e educação para os direitos humanos. No seu âmbito, visa os direitos dos cidadãos perante os organismos da administração pública. Fornece ainda informação a todos os idosos que necessitem saber mais sobre: saúde, segurança social, habitação, equipamentos, serviços e tempos livres.
Linha Nacional de Emergência Social (LNES).
Telefone: 144
Horário: 24h por dia; 365 dias por ano.
Em situação de emergência social deve contactar a Linha Nacional de Emergência Social (LNES). Esta linha é um serviço público gratuito que funciona 24h por dia durante todos os dias do ano em articulação com outras entidades, e garante o acompanhamento das situações de emergência com resposta num período máximo de 72 horas. Todas as pessoas em situação de emergência social devem contactar esta linha. Os grupos prioritários são pessoas e famílias em situação de: abandono, desalojamento, sem-abrigo, crianças e jovens em risco e violência doméstica. Esta linha também encaminha para outras linhas e/ou instituições que melhor se adequam à situação apresentada pelas pessoas em situações de grave exclusão social.
O direito à escolha
Lembre-se que recorrer a serviços de apoio para continuar a trabalhar pode criar conflitos e/ou gerar sentimentos de culpa. Deve optar pelo que achar mais correto para si e para os outros. Se decidir desistir do seu emprego, tenha a certeza que analisou todas as opções como, por exemplo, fazer uma pausa na carreira ou pedir a reforma antecipada.